sábado, 3 de maio de 2008

Caloteiros ? Fujam deles a sete pés !


Recentemente, eu e um grupo de amigos fomos convidados a passar um fim de semana em Avis/Alentejo, por uma Amiga minha . Desse grupo fazia parte uma "grande" amiga de infância de um amigo dessa minha Amiga e amigo comum, adiante designada Xiquita ( nome fictício ).

Xiquita, a tal amiga de infância embora não conhecesse a minha Amiga pessoalmente, acabou por nos acompanhar a pedido desse amigo sob o pretexto de ser uma pessoa extremamente animada e correcta .

O fim de semana foi passado alegremente entre conversas que se prolongavam pela noite fora, jogos de cartas, refeições animadas, passeios pelas planícies alentejanas etc etc . A animação foi de tal ordem que recêm chegados a Lisboa terminamos com uma festa em minha casa ao sabor da melodia do samba, sendo que, nos encontrávamos em pleno período de Carnaval .

Estreitos os laços entre todos, Xiquita parecia de facto ser uma pessoa correcta , afável, animada, segura de si e sem grandes dificuldades financeiras. Havia recentemente comprado casa, iria em breve fazer parte de uma comitiva que partiria para Moçambique afim de fazer voluntariado de cariz social, o seu filhote só vestia roupa de marca ( situação essa que fazia questão de frisar ), entre outras coisas mais .

Passados alguns dias e porque a minha Amiga também tem um filhote, Xiquita combinou com ela via telefone encontrarem-se para que pudessem ambas ir passear os seus rebentos e lanchar.

No decorrer do mencionado lanche eis que se solta a conversa típica das dificuldades da vida, que o mês estava a ser complicado pois tinham surgido contas inesperadas, que a prestação da casa nova estava para cair no banco, etc etc ... O final da conversa terminou com a solicitação de um pequeno empréstimo a ser pago dentro de uma semana . 150 € foi a quantia desembolsada pela minha Amiga de forma a corresponder solidariamente às amarguras que havia testemunhado.

Ao fim de uma semana a minha Amiga resolveu fazer um jantar em sua casa em agradecimento do convívio que havia sido proporcionado por todos em Avis, e obviamente convida também Xiquita , não só pelo prazer da sua companhia mas também para que esta lhe devolvesse o dinheiro que lhe havia emprestado . O dia do jantar deu-se mas Xiquita à ultima hora resolveu ficar indisposta e não compareceu!

Começa então um role de tentativas para estabelecer contacto: telefonemas, marcação de encontros que acabavam sempre por serem desmarcados , telefone constantemente desligado ou que simplesmente não era atendido, que não se encontrava em Lisboa de momento, enfim.... um role de desculpas esfarrapadas e despropositadas !

O certo é que até hoje o dinheiro nem vê-lo, Xiquita essa, encontra-se em paradeiro incerto e a minha Amiga continua sem ver o respectivo dinheiro que tão solidariamente emprestou.

Não se trata da quantia envolta em tal empréstimo, mas sim da conduta expressa que somente revela a falta de carácter de seriedade e de honestidade por parte da envolvida .

O que me incomoda neste caso é saber que existem pessoas que se fazem passar por amigas e que consegue viver alegremente expressando uma imagem de que são sérias quando na verdade vão vivendo de pequeninos esquemas medíocres que em nada abonam nas suas vidas !

Alguns perguntarão? Se é caso para falar neste assunto ? Ao que respondo ! Claro que sim .... Possivelmente Xiquita ao ler estas simples linhas se dê conta da sua trafulhice e falta de palavra e resolva sanar tal episódio, acompanhado com um pedido de desculpas .

Em relação à minha pessoa, poderei dizer que jamais cairia numa situação destas! Primeiro porque fiquei eu próprio escaldado no passado com algo idêntico e segundo porque de ante-mão introduzi há muito algumas regras para este tipo de situações !

E como sou um bom samaritano ao contrário do que alguns dizem , passo então a explicar:

1 - Num qualquer convívio em que surjam conversas sobre as dificuldades e amarguras da vida, trata logo de sair de imediato dessa roda de conversação; ( que inclusive é desapropriada em qualquer circunstancia )

2 - Em situações em que não possas mesmo fugir de tal assunto, expressa de forma automática a tua frase tipo 1 : " Pois eu, não empresto dinheiro a ninguém ! "( verás que ficas logo excluído de um possível pedido de empréstimo );

3 - Se mesmo assim não resultar, solta a frase tipo 2 : " Até há quem me chame pão duro ou sovina "

4 - Se observares alguém a ir de encontro a tal ladainha trata de abrir logo o jogo, caso saibas que a pessoa que pretende pedir emprestado já soma em lista um grupo gigantesco de dividas e o assunto morrerá logo ali .

Uma coisa vos garanto com estes 4 passos bem simples resolverás o problema , isto porque meus amigos, a vida custa a todos ! Vão trabalhar malandros !

Quanto a ti Xiquita , vê lá se resolves em breve esta situação, não te queimes por uns míseros 150€ mulher !

Ai ai ai ......
Xiquita: Nome fictício para não ferir sensibilidades

4 comentários:

Anónimo disse...

Tens toda a razão Marquinho, gente como essa é de fugir para bem longe ! eu tb já fiquei escaldado vezes sem conta e por confiar nas pessoas acabo sempre por cair no mesmo vou começar a adoptar os teus truques ! essa gente tem que ser desmascarada !

Anónimo disse...

Pois é Marco, também eu sou vitima de calote semelhante, o que mais me irrita não foi a minha ingenuidade, mas o calote vir de um suposto "amigo" ... até me apetecia dizer o nome, mas não vou, não vá o rapaz deixar de fazer novelas na TVI!

João Carlos disse...

Ola Marcos li atentamente o teu blog... e confesso que gostei muito no incio foi comediante... ri sozinho ao ler a historia da velhinha... :-) Tu es muito bom a escrever continue assim pois entrarei toda a semana pra ver se tem mais... Abraços Carlos

João Carlos disse...

Ola Marcos li atentamente o teu blog... e confesso que gostei muito no incio foi comediante... ri sozinho ao ler a historia da velhinha... :-) Tu es muito bom a escrever continue assim pois entrarei toda a semana pra ver se tem mais... Abraços Carlos