terça-feira, 23 de setembro de 2008

Dia Mundial Sem Carros! Parem de Sonhar e Acordem para a realidade...

Pois foi! Já passou o inferno do dia sem carros que ocorreu no passado dia 22 de Setembro em Lisboa e em outras tantas cidades do País.
Desde há uns anos a esta parte que o Mundo faz questão de assinalar o dia sem carros. Todos os anos o dia 22 de Setembro que deveria ser de maior tranquilidade, acaba sempre por ser um dia de nervos ao rubro e irritação constante!

Como é óbvio também eu considero ser importante um maior desafogo na cidade, e uma diminuição dos valores de poluição que todos nós somos obrigados a suportar diariamente. Mas será que uma cidade sem carros é algo de praticável? Será uma ideia realista ? Será possível actualmente e nos tempos mais próximos ? Eu a estas questões tenho que afirmar peremptoriamente : Que NÃO !

Não se trata de não querer ou não desejar viver numa cidade mais calma e menos poluída. Trata-se apenas de assentar os pés na terra e observar á nossa volta para perceber que este sonho é impossível de concretizar, pelo menos por enquanto.

E não é porque um pequeno grupo de activistas da Quercus se junta na Praça de Espanha transportando uns sinais de transito na mão com palavras de protesto impressas á pressa, que as pessoas se irão dispor a deixar seus carros em casa.

Em primeiro lugar a maioria das pessoas que invadem Lisboa todos os dias, nem sequer sabia que o dia 22 era o Dia Mundial Sem Carros, e mesmo que o soubesse tão pouco se atreveriam a entrar na cidade através dos actuais transportes públicos. Senão vejamos:

Desde Janeiro de 2006, que os transportes públicos são obrigados a dispor de Livros de Reclamação, e desde essa altura segundo dados oficiais foram registadas perto de 9 mil queixas só nos últimos 6 meses. As razões das muitas queixas são diversas: Cartões electrónicos com problemas, alteração constante de horários, atendimento deficiente, atrasos nas deslocações, paragens sem condições, falta de vias exclusivas para transportes, acomodação de passageiros precária, transportes demasiado espaçados uns dos outros, insegurança, enfim ... Um conjunto de reclamações gigantescas!

Dados estes, que podem ajudar a explicar o porquê de milhares de pessoas continuarem a preferir o carro para chegar ao emprego, para levar os filhos á escola, para funcionarem de forma mais rápida e cómoda em termos de trabalho dentro da Cidade.

Como é óbvio nestas alturas, todos os noticiários fazem questão de mostrar reportagens com algumas alternativas, e eis que aparece o sujeito que faz questão de andar de bicicleta, um outro que tem um carro eléctrico e logo não poluente, e ainda uma ou outra pessoa que afirma a pés juntos que embora tenha carro faz questão de andar a pé ou de transportes públicos « neste último caso a senhora entrevistada a dada altura também se viu obrigada a esclarecer que o faz porque segundo palavras dela " por acaso estou muito bem servida de transportes da minha casa até ao meu local de trabalho" » . Pois é, pois é, e a maioria também estará ? Essa é que é essa !

Na mesma sequência de reportagens sobre este maravilhoso dia sem carros, apresentam-nos mais um senhor de nome Carlos, que enervado relatava o seguinte : " Isto é uma parvoíce, só prejudica quem trabalha... trabalho na área de cargas e descargas ....acha justo ter que estacionar o carro ali ao fundo e ter que andar com esta mercadoria ás costas ? " E uma outra senhora, proprietária de um estabelecimento comercial na zona da baixa lisboeta que também ela alterada afirma: " Hoje não me fizeram a entrega dos bolos da parte da manhã para os pequenos almoços, porque não puderam passar com a carrinha e agora tenho ali a mercadoria toda para vender " . E esta é que é a realidade de um dia sem carros em Lisboa!

Se algum dia tal pretensão será possível? Talvez sim! Digo-vos Eu. Depois de tornarem os transportes públicos mais confortáveis, abrirem vias exclusivas para a circulação dos mesmos em toda a cidade, baixarem os preços dos bilhetes, colocarem á disposição na cidade de forma gratuita ou bem acessível bicicletas eléctricas, começarem a funcionar os transportes públicos de forma regular quer de dia quer de noite « até hoje não percebo porque o metro sendo o transporte mais rápido e cómodo não funciona durante a madrugada », construírem parques de estacionamento gratuitos á entrada da cidade de forma a que as pessoas possam estacionar os seus carros e seguirem depois através de transportes públicos. Sinceramente até que tudo isto seja uma realidade não acredito sinceramente que uma cidade sem carros seja possível nos tempos mais próximos !

Bem pode a Quercus fazer as manifestações que quiser que quem tem um carro continuará a traze-lo para a cidade custe o que custar. Mesmo com o actual preço do combustível!

E as próprias paragens de autocarro? Serão elas confortáveis durante o Inverno em dias de chuva ? Algumas nem um simples telheiro comportam!

Assim não se chega lá ! Nem pouco mais ou menos.....

Bonito, bonito era ver os nossos estimados representantes « políticos » andarem na cidade sem os famosos batedores á frente, de bicicleta, patins em linha, carros eléctricos de pouca cilindrada ou até mesmo a pé! Isso sim era bonito e ninguém lhes poderia acusar de não estarem a criar incentivos para que a cidade de Lisboa venha a ser uma cidade mais limpa, mais tranquila e menos poluída !

Sabem que lhes digo? Quando chegar novamente o dia 22 de Setembro, Dia Mundial Sem Carros, metam um dia de férias !

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Madonna ! Absolutamente Genial ...

O dia 14 de Setembro finalmente tinha chegado, e Eu, embora soubesse que iria assistir ao Espectáculo do Ano nunca pensei que também iria viver um dia de sorte absoluta ! Senão vejamos: ehehehe....

Eram exactamente 16:45h quando eu na companhia de dois amigos « Joni e Pedro » chegamos á estação de metro da Bela Vista, ao chegarmos observamos uma verdadeira enchente de pessoas que tal como nós iriam assistir ao concerto de Madonna e que caminhavam alegremente para o recinto. Chegados á rotunda principal lembrei-me de perguntar a um dos muitos seguranças onde poderíamos trocar o impresso de compra, sendo que, havíamos comprado os bilhetes numa estação dos CTT e como tal teríamos que os trocar pelos bilhetes oficiais. O segurança bastante simpático indicou-nos prontamente o caminho até aos contentores brancos colocados na entrada da rampa e disse-nos para avançar. « o que nós fizemos de imediato » Apôs a troca dos respectivos bilhetes um outro segurança abordou-nos e pediu-nos para nos colocarmos na fila pois dentro de alguns minutos iriam proceder á abertura do recinto. E qual não é o nosso espanto quando nos colocou exactamente no inicio da fila de espera, logo depois do grupo de pessoas que se encontrava concentrado á parte e que haviam tido direito a colocar a celebre Pulseira Dourada no pulso de forma a poder ficar perto do palco. Sinceramente devo confessar que na altura nem me apercebi do tamanho da fila de espera !

Finalmente ás 17:30h abrem as portas do Jardim da Bela Vista, e depois de uns 15 minutos apôs o tal grupo "especial" ter entrado autorizaram que a fila geral começasse a fazer o mesmo de forma ordeira. Só ao subir da rampa consegui perceber o tamanho gigantesco da fila de espera, pois paralelamente e separados por um gradeamento bastante alto, estava no sentido contrario ao nosso uma fila de pessoas absolutamente infindável. Ainda estupefacto com a sorte que nos tinha bafejado aparece-nos á nossa frente um outro segurança com um bloco de folhas na mão e que inesperadamente começou a distribuir umas fitas pelas pessoas que iam passando, ao perguntar ao segurança o que era exactamente aquilo que ele estava a distribuir, ele de forma muito normal e com um tom de voz bastante calmo diz-nos: " ... isto são fitas de autorização para colocar no pulso para quem quiser ver os espectáculo junto ao palco..." Ai confesso que estremeci e pensei será possível? hahahaha... Se naquela altura tivesse acesso a uma banca onde pudesse preencher o boletim do Euromilhões teria-lo feito pois a sorte estava de facto comigo! Depois de alguns segundos tínhamos os três a celebre Pulseira Dourada no pulso, algo que muitos para o conseguirem haviam passado a noite inteira do dia anterior na fila de espera e alguns mesmo na ante-véspera.

A jeito de conclusão, assistimos ao concerto exactamente a 10 metros do palco! Ou seja fazíamos parte integrante do grupo restrito de 7500 pessoas que tiveram esse privilégio. Ainda hoje me custa acreditar ! Mas a sensação é Boaaaaaaaaaa....
Há que salientar que ao contrário do que foi noticiado por muitos órgãos de informação, o palco não tinha 45cm de altura, estava sim a 45cm de distancia das pessoas. pois a rampa do palco efectivamente embora não fosse de todo alta media aproximadamente 1,50cm.

Quanto ao concerto de Madonna, duas palavras apenas Absolutamente Genial !

Depois da actuação morna mas cuidada da sueca Robyn, quando no relógio batiam as 21:15h uma explosão de luz abismal surgiu do palco ladeado por dois gigantescos M's prateados. O aparato visual foi absolutamente estonteante, os ecrãs movem-se, o palco transforma-se e os espantosos efeitos visuais sucedem-se num ritmo alucinante. Algumas zonas do palco sobem outras descem e as colunas luminosas que se vão criando transformam-se em hologramas consecutivos. Por fim, numa última explosão de focos de luz eis que como por magia, sentada num trono negro gigante surge Madonna vestindo umas imponentes botas pretas ao som de "Candy Shop". Nessa altura surgiu o primeiro e maior aplauso que Lisboa já deu a uma artista de uma vez só. 75 mil pessoas em delírio total !

Madonna começou a cantar, despiu o casaco e nunca mais parou. Os seus bailarinos acompanham-na numa coreografia perfeita que tem como adereço principal nada mais nada menos que um Rolls Royce branco descapotável, dos anos 20. No fim do segundo tema "Beat Goes Ond" surge a primeira saudação: " Hello Lisboa " . E uma vez mais é aplaudida freneticamente.

Depois disso foram duas horas intensas de musica e coreografia pensada ao pormenor. Madonna de facto não pode ter 50 anos de idade, pois conheço gente de trinta que não tem nem metade da sua energia!

Muitos foram os temas que fizeram de forma colectiva colocar o publico em verdadeira apoteose. "Vogue, She's not me, like a Prayer, Ray of Light, Hung Up, Give it 2 me, La Isla Bonita", entre muitos outros...

Foram várias a vezes que Madonna interagiu com o publico. Ao contrário do que alguma imprensa publicou Madonna não se enganou ao perguntar-nos se falávamos espanhol, o que quis perguntar foi se o entendíamos, sendo que, era o mote de introdução para uma coreografia toda ela exótica, cigana e latina da musica "La isla Bonita" absolutamente recriada.

Ponto alto deste concerto memorável, foi a bofetada social que Madonna fez questão de frisar desta vez. "Get Estupid" foi a musica que deu o tom certo á sua mensagem. No fundo do palco sob telas gigantes surgem imagens fortíssimas dos conflitos e tensões mundiais intercaladas com imagens dos políticos e personalidades que se alimentam dessas mesmas misérias « Hitler, John Mccain, Bin Laden, Robert Mugabe, etc »( a meu entender faltou a fotografia do Papa ) seguidas por fotografias de gente que muito fez e continua a fazer para contrariar tamanhos descalabros mundiais « Nelson Mandela, Bono, Lennon, Luther King, Oprah Winfrey, Madre Teresa de Calcutá» Entre outros ...

O ritmo mantém-se imparável e alucinante ao longo de mais de vinte temas. Madonna é incansável, inigualável e de facto não existe mais nenhuma como ela . E percebe-se que gosta de Lisboa e do seu fiel publico quando lança perto do fim um carinhoso " nice going, mother fuckers" que traduzido de forma singela poderá ser entendido com um " estiveram bem meus sacanas ".

O publico totalmente diversificado estava ao rubro e completamente extasiado e virando-me de costas consegui perceber a gigantesca multidão que preencheu na totalidade o espaço da Bela Vista. Nunca em Lisboa houve uma tão grande concentração de gente! Numa das canções em que Madonna afasta o microfone por algumas vezes ouve-se 75 mil pessoas em uníssono a cantar fazendo arrepiar qualquer mortal !

No final Madonna e os seus 16 bailarinos dançam furiosamente na ponta da extensão do palco não mostrando qualquer sinal de cansaço e sorridente ao som de "Give it 2 me" Desaparece como por magia. A frase " Game Over " irrompe no palco e o espectáculo, esse, ficará para sempre gravado na minha memória! Já com saudades de um próximo!

Madonna vai embora sem ancore. E mesmo que ainda agora lá estivéssemos a tentar com que viesse ao palco novamente perderíamos o nosso tempo porque para quem a conhece sabe que a "Rainha" sempre começa os seus espectáculos a horas e nunca vem de novo ao palco.

Madonna foi verdadeiramente Fantástica e Irrepreensível. Não existe nenhuma outra assim! Não existe nenhuma outra com esta energia contagiante e dominadora!

Eu, o Joni e o Pedro não paramos um minuto e embora tenhamos ficado roucos saímos absolutamente preenchidos e com um grande sorriso na cara ao mesmo tempo que o Joni se ia lamentando de não ter trazido a sua máquina fotográfica. Pois de onde nós assistimos ao concerto não haveriam rolos de filme que chegassem ! O jonizito e o Pedrocas , ambos do Porto, como é óbvio trataram, logo de dizer que tamanha Sorte tinha acontecido por causa dos ventos que trouxeram do norte ! Ai minha nossa o que temos que ouvir desta gente do Porto ! ehehehehehe...

Pontos menos bons:
- Os preços praticados nas lojas de Merchandising « verdadeiramente caros »
- As minhas condolências para quem ficou lá para os fundos
- As cancelas do metro fechadas « um verdadeiro absurdo »
- Que na próxima digressão de Madonna coloquem á sua disposição um outro local aberto para a realização do concerto, pois de facto para quem ficou lá bem atrás não consegui na realidade vislumbrar o maior espectáculo do ano! E olhem que Madonna consegue concentrar muito mais gente !

Quanto a minha Pulseira Dourada sem duvida alguma que será emoldurada ! ehehehehe Abençoados sejam Senhores seguranças!
Que os volte a encontrar numa próxima vez !!!!!

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

A Palhaçada da Marcha de Orgulho Gay! Afinal para que serve ?

Com a chegada ao porto de Lisboa do famoso Cruzeiro Gay « Celebrity Constellation », e por alguns comentários mais encrespados por parte de alguns no texto anterior referente à praia 19, apesar de nos encontramos em pleno mês de Setembro resolvi escrever sobre a Marcha Gay que se realiza todos os anos em Lisboa. Porque me lembrei dela? Porque se trata exactamente de um feito completamente oposto em relação á afirmação e civismo que tem a imagem e a força deste mesmo Cruzeiro e de outras tantas iniciativas com a mesma temática tais como por exemplo o Arraial Gay.

A Marcha do Orgulho Gay, é sempre realizada no dia 29 de Junho em Lisboa e no resto do Mundo. E esta data não surge por mero acaso. Evoca um marco fundamental do movimento Gay: o histórico protesto nascido no bar Stonewall Inn , em Nova Iorque em 1969.
Ao escrever sobre a mesma, não posso de deixar de colocar no título do texto a palavra "Palhaçada", não é que não concorde com este tipo de manifestações públicas e muito menos que não considere justo e legítimo lutar contra o preconceito e discriminação por parte de um grupo de pessoas cuja a diferença somente se insere na sua preferência sexual! Reforço no título a palavra "Palhaçada", porque de facto é no que está transformada a dita Marcha Gay em Lisboa infelizmente.
Na verdade, ao contrário do que se passa noutras cidades do mundo inteiro, a Marcha Gay de Lisboa não serve absolutamente para nada. Peca pela sua pouca criatividade, pouca animação, pouca afirmação social e a única coisa que consegue fazer num percurso extremamente curto « que vai do Jardim do Príncipe Real até somente ao Terreiro do Paço » é dar uma imagem inglória e completamente falseada da "comunidade" Gay Portuguesa .
Não é por acaso que existe uma tão fraca participação na marcha quer sejam Gay's quer sejam simpatizantes da causa, por norma somente consegue cativar umas 100 ou 200 pessoas e que claramente são sempre as mesmas ano apôs ano.
E a culpa da fraca participação não se deve às pessoas mas sim à organização da mesma. As pessoas essas, somente se manifestam quando consideram que existem grandes causas a defender e que a imagem que pretendem passar é a de uma imagem séria e credível junto dos demais.

A única imagem que dão durante o desfile é exactamente a de uma autêntica Palhaçada de Carnaval. Não se pode ao mesmo tempo que se exige o direito á adopção e ao casamento entre homossexuais gritar palavras de ordem tais como " ... Homem verdadeiro leva no pandeiro ..." Isto se não Palhaçada será o quê então ?
Será que é com este tipo de atitudes ridículas e disparatadas que se consegue cativar a sociedade para o problema da discriminação e cativar as pessoas a participar? Certamente que não! Até porque como é sabido a Marcha Gay será fotografada e filmada pela imprensa social, e ninguém no seu prefeito juízo abraça causas nestes moldes.
Como é óbvio não quero com isto dizer que esperava que a Marcha tivesse somente uma imagem séria e rígida igual a uma qualquer Marcha fúnebre. Mas tratando-se de uma Marcha cujo o principal objectivo é o de reivindicar de direitos deveria ter um tom muito mais sério embora sim com um pouco colorido à mistura.
Não é por acaso que a mesma Marcha Gay em Espanha, tem uma participação de milhares de pessoas! É que no meio de todo aquele colorido, plumas e imagem folclórica, a ideia que se pretende transmitir e a afirmação de direitos essa Sim, é a principal preocupação dos organizadores!
Os Gay's não podem passar unicamente uma imagem para a sociedade de que passam a vida envoltos em brilhantes e plumas de multi-cores, que passam a vida em cima de saltos altos e a gritar com vozinhas de canário de cana rachada. A grande maioria dos Gay's felizmente Não são assim! Para isso já basta o estereótipo que por norma é sempre retratado em cinema e novela de televisão.
Para dar largas à imaginação e à fantasia serve perfeitamente o Arraial Gay que é realizado no mesmo dia e que é o culminar das comemorações! Aí sim, podem soltar toda a bichice .
Por isso reafirmo que a culpa não é da falta de coragem ou vontade das pessoas em não aderirem à Marcha Gay, mas sim da organização que faz deste desfile unicamente um Carnaval antecipado sem conteúdo. Aqui sim, pegando nas célebres palavras do Ministro , um autêntico deserto de ideias!
Ao ver esta Palhaçada espelhada na televisão pergunto. Como posso explicar à minha avó de 85 anos que um fulano vestido de mulher vulgar com plumas na cabeça, cara pintada ao exagero e a gritar "... Homem verdadeiro leva no pandeiro..." deverá ter direito a adoptar uma criança para a educar ?
Pois para Palhaçada amigos vou então ao circo! Que ainda para mais é coisa que nem sequer gosto!
Não é desta forma que se conseguirá obter nada de concreto em prole dos direitos e liberdades! Ainda para mais numa sociedade fechada, retrograda e cinzenta como a nossa ! O caminho a seguir não é de forma alguma este !
Quanto ás Associações que se dizem "legítimas" de falar por todos os Gay's deste País, que tal mais acção séria e menos folclore ?

Fica a sugestão!

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Os Sensores Automáticos das Casas de Banho! Que Nervos...


Há uns anos atrás nas casas de banho publicas existiam situações que nos deixavam de cabelos em pé! Nunca gostei de me servir de casas de banho publicas, mas o certo é que por vezes é mesmo necessário.

E se há uns anos o que nos enervava eram as filas de espera, a falta de papel higiénico, a falta de sabonete para as mãos ou a inexistência de uns simples toalhetes para secar as mãos, actualmente ainda tinham que inventar algo mais para nos tirar do sério!

Não é que não goste de poupar, e até considero que a invenção dos sensores automáticos de luz ou até mesmo de água das casas de banho são importantes, o problema é a forma como estes funcionam. Esse sim é que é o verdadeiro problema !

Senão vejamos:

Estamos nós calmamente a passear num qualquer centro comercial, quando de repente a bexiga avisa que se encontra seriamente aflita. Dirigimo-nos apressados para a casa de banho rezando para que esta não se encontre bloqueada por uma qualquer empregada de limpeza que naquela hora e naquele momento tenha resolvido fazer a dita fascina na mesma .

Chegados lá preparamo-nos para dar inicio ao alivio dos deuses, quando de repente falha a luz! Basta ficar imóvel uns míseros segundos e o sensor automático por sua auto recriação nos obriga a mergulhar na escuridão mais profunda. Com "aquilo" numa das mãos começamos então a esbracejar com a outra para cima e para baixo na tentativa de fazer reaparecer a dita luz. E não bastando este acto patético por vezes ainda temos que iniciar outros passos de dança porque o sensor não entende à primeira que nos encontramos ainda a meio do serviço.

Por vezes chegamos a fazer quase uma dança tribal . Agitamos os braços, abanamos a cabeça várias vezes, sacudimos a perna, saltamos e nada. E é nesta altura que pensamos tentar descobrir quem inventou tamanha coisa de forma a ajustar contas pela figurinha ridícula que nos obriga a fazer.

E quando a luz regressa tentamos continuar o estávamos a fazer, mas desta vez ficando a balançar ligeiramente para que esta não desapareça de novo! Mas tudo isto na maior parte das vezes só acontece quando nos encontramos sozinhos na casa de banho, mas vos garanto que quando nos encontramos acompanhados por alguém que não conhecemos a coisa ainda se torna mais absurda.

No final, julgando que o pior já passou eis que nos surge outro empecilho ainda mais triste. O acto que nos é ensinado desde pequenos na escola primária de " O lavar das mãos " . Accionamos a torneira e zuca passados três o quatro segundos apenas esta deixa de deitar água, voltamos a insistir e zuca acontece de novo... Enfim... Entre o acto de ensaboar as mãos e as passar por água venha o diabo e escolha o que é mais difícil !

No fim contentamo-nos a olhar para a parede e aceitar o que um distinto cartaz nos diz, ou seja, que tudo o que passamos se deve á preservação do ambiente. Ora bolas!

No poupar é que está o ganho mas tudo tem limites! Só posso pensar é que os inventores de tais sensores automáticos de alguma forma teriam algum problema!

O inventor do sensor de luz eventualmente usa uma argália, e o inventor do sensor da água por certo nunca lava as mãos. Só assim posso compreender este processo!

Não havia necessidade de sujeitar-nos a isto! E quanto ás casas de banho por favor, já que é assim deixem estar como estão, não vá alguém ainda inventar mais qualquer coisa que nos possa dificultar o uso da famosa retrete! É que a continuar assim ainda alguém se lembrará de criar uma retrete que ao fim de uns segundos apenas feche a tampa de forma automática. e ainda nos diga através de uma gravação algo como " Obrigado por ter sido breve, volte de novo, estarei á sua espera "

Deixem-nos fazer as necessidades em paz!