
Chegados lá preparamo-nos para dar inicio ao alivio dos deuses, quando de repente falha a luz! Basta ficar imóvel uns míseros segundos e o sensor automático por sua auto recriação nos obriga a mergulhar na escuridão mais profunda. Com "aquilo" numa das mãos começamos então a esbracejar com a outra para cima e para baixo na tentativa de fazer reaparecer a dita luz. E não bastando este acto patético por vezes ainda temos que iniciar outros passos de dança porque o sensor não entende à primeira que nos encontramos ainda a meio do serviço.
Por vezes chegamos a fazer quase uma dança tribal . Agitamos os braços, abanamos a cabeça várias vezes, sacudimos a perna, saltamos e nada. E é nesta altura que pensamos tentar descobrir quem inventou tamanha coisa de forma a ajustar contas pela figurinha ridícula que nos obriga a fazer.
E quando a luz regressa tentamos continuar o estávamos a fazer, mas desta vez ficando a balançar ligeiramente para que esta não desapareça de novo! Mas tudo isto na maior parte das vezes só acontece quando nos encontramos sozinhos na casa de banho, mas vos garanto que quando nos encontramos acompanhados por alguém que não conhecemos a coisa ainda se torna mais absurda.
No final, julgando que o pior já passou eis que nos surge outro empecilho ainda mais triste. O acto que nos é ensinado desde pequenos na escola primária de " O lavar das mãos " . Accionamos a torneira e zuca passados três o quatro segundos apenas esta deixa de deitar água, voltamos a insistir e zuca acontece de novo... Enfim... Entre o acto de ensaboar as mãos e as passar por água venha o diabo e escolha o que é mais difícil !
No fim contentamo-nos a olhar para a parede e aceitar o que um distinto cartaz nos diz, ou seja, que tudo o que passamos se deve á preservação do ambiente. Ora bolas!
No poupar é que está o ganho mas tudo tem limites! Só posso pensar é que os inventores de tais sensores automáticos de alguma forma teriam algum problema!
O inventor do sensor de luz eventualmente usa uma argália, e o inventor do sensor da água por certo nunca lava as mãos. Só assim posso compreender este processo!
Não havia necessidade de sujeitar-nos a isto! E quanto ás casas de banho por favor, já que é assim deixem estar como estão, não vá alguém ainda inventar mais qualquer coisa que nos possa dificultar o uso da famosa retrete! É que a continuar assim ainda alguém se lembrará de criar uma retrete que ao fim de uns segundos apenas feche a tampa de forma automática. e ainda nos diga através de uma gravação algo como " Obrigado por ter sido breve, volte de novo, estarei á sua espera "
Deixem-nos fazer as necessidades em paz!